Subjetivos ...

Imagem: Internet
Parque Farroupilha

Olhei bem no fundo dos seus  olhos e me perguntei:
Quem terá a coragem de dizer o que você precisa ouvir?
Quem você pensa que é?
Tire suas máscaras e mostre sua verdadeira face, se é que você a conhece ...
Se é tão forte assim, encare os seus medos, vença-os, transforme-os!
Assuma-se na pessoa que no fundo sabe que gostaria de ser, e que no íntimo é, mas que faz questão de continuar fazendo de conta que não conhece.
Encare seus piores fantasmas, exorcize-os e livre-se dos álibis dos seus fracassos.
Assuma todos os seus lados, os bons e os ruins, e arrisque se descobrir como apenas ... uma pessoa ...
Deixe de acovardar-se e ouse na busca de seus objetivos ... na realização dos seus sonhos.
Foco ... pare de devanear e distrair-se no meio do caminho esquecendo-se que pra chegar tem  de caminhar, ter disposição, perseverar ....
E acalme-se, aquiete-se, tranquilize-se ... Lembre-se apenas humana, com o dom de sonhar, de querer e de realizar, mas, que inevitavelmente irá sofrer, chorar, decepcionar e entristecer-se em alguns pontos do caminho ... faz parte ... não se prive passar por isso, ao contrário, viva intensamente esses momentos, eles são essenciais no caminhar.
E por fim, criatura que eu vejo no espelho: ame-se! cuide-se! não desista de si mesma! Preserve seus princípios! Mas acima de tudo, nunca deixe de  acreditar e correr atrás daquilo que sente que a fará feliz .... ouça mais sua voz interior ... na dúvida, feche os olhos e abra a mente, e busque ouvir seu coração ...
Acredite: você realmente pode ser a melhor versão de si mesma.
Isso dá trabalho, choca, cansa, requer paciência, perseverança, criatividade, mas, acima de tudo, requer muito amor próprio.
Bora ser feliz, que a vida segue, e sempre, continuamente, sem intervalos ...
- Anna Feitoza -

Um exemplo de inclusão ...

É impressionante como muitas vezes somos surpreendidos, até mesmo por aquilo que seria apenas um "compromisso acadêmico ou profissional" ... quando estamos com os olhos abertos e despidos dos pré-conceitos, um simples momento se apresenta de forma agradabilíssima e marcante!

Este último final de semana, tive o prazer de conhecer a Pastoral da Inclusão do Santuário Santa Terezinha em Taboão da Serra - SP, que numa grata surpresa, descobri exercer a inclusão da forma mais legítima que entendo determinar a lei. A participação ativa dessas pessoas durante a missa, em datas especiais através de encenações teatrais, em encontros, catequese, além de curso de libras (que deve ser retomado no próximo semestre - se alguém estiver interessado!). Este espaço é um grande diferencial das limitações sociais que encontramos por aí, onde a inclusão está apenas no papel, desconhecida pela maioria e mal interpretada por muitos dos poucos que a conhece ... anos-luz de se tornar uma realidade.

Sinceros agradecimentos ao Damião, Erico e demais pessoas que me acolheram e foram tão prestativas e atenciosas com esta estrangeira em seu ninho ...

E para finalizar, fica meu lamento por ser mínimo o número de espaços que propiciam a inclusão de forma plena e real, oferecendo de fato, as mesmas oportunidades a todos, independente da diversidade!

O que é a vida?

Imagem: Anna Feitoza

A algum tempo me sinto provocada pelas provocações do Abujamra, e penso se me questiono ou respondo? O que é a vida ?
Boa pergunta para se definir o indefinível e nos colocar a pensar.
O que vivemos é passado, é experiência, é memória ...
O que vamos viver é futuro, é sonho, é objetivo, é perspectiva ...
Vida é o agora, é o que acontece neste momento, é o que faço, é o quê e onde aconteço ...
E  o que eu vivi? São lembranças de vida.
E o que viverei? São prospecções de vida.
Por isso, não vou esperar para fazer amanhã, para criar coragem, ou pensar em como terei atitude para acontecer.
A vida acontece hoje, e minhas atitudes hoje é o que validam e sacramentam a vida. É o registro dos meus atos, é o simples ato de respirar, de teclar, de pensar, e de dedicar este momento a registrar minha alma neste espaço ... isto é vida, a minha vida ...
E a sua? é o que você está fazendo neste momento, o que está realizando, se proporcionando, promovendo a si mesmo.
Por essa razão digo, a vida é o que faço dela e com ela agora. Não entendo quem me pergunta como fazer, ou se desculpa com o não tenho tempo, ou coragem ... A vida é o que você faz dela. A sua, a minha, a nossa vida, é o que estamos fazendo neste segundo ... ela acontece a todo o tempo. Por isso temos o compromisso de decidir continuar ou parar, prosseguir no mesmo caminho ou mudar o rumo, porque a vida não retrocede, atrelada ao tempo ela vai acontecendo independente da nossa vontade, e cabe a nós fazer bom uso dela, com ela, pra nós.
Temos uma baita responsabilidade com a gente mesmo, com aquilo que estamos fazendo agora, e essa responsabilidade requer atitude, compromisso, escolha, coragem da gente para com a gente mesmo. Nós decidimos continuar ou parar, seja lá qual for o contexto ...
É mágico? Acontece e pronto? Não mesmo, mas a partir do momento que tomamos certas posições perante a vida que estamos levando neste agora, teremos a possibilidade de mudar o rumo das coisas e de fazer com que a vida da gente comece a acontecer de forma diferente.
Para mim é isso, só tudo isso, definida indefinidamente com todas as certezas de que tenho mil dúvidas a respeito disso tudo ...
E pra você? O que é a vida???
- Anna Feitoza -

Queria ter aceitado A vida como ela é ...

Francamente devo ser como os gatos, pois já morri mil vezes de amor, e não sei ainda quantas vezes mais hei de morrer, rs... Bom feriado a todos!!!
Devia ter complicado menos, trabalhado menos, ter visto o sol se pôr ...
Devia ter me importado menos, com problemas pequenos, ter morrido de amor... 
"Epitáfio - Titãs"

... e aceitar a vida como ela é, confiando que o acaso vai continuar me protegendo enquanto eu estiver distraída...

E neste feriado, dia feliz na contação de estórias com a criançada do Círculo Palmarino ... 
uma tarde muito agradável ...

Equilíbrio ...

Imagem: Arquivo pessoal

Equilíbrio - não importa o quão confusa, perdida, triste, amargurada, aflita ou insegura uma pessoa possa estar, o mundo retribui a energia que passarmos a ele e, por esta razão, nesta troca é o que iremos obter. O universo remete energias, e nos devolverá daquilo que doarmos. Nos resta entender que fases são como as da lua, cresce e fica cheia, míngua e se renova, são ciclos que passam e se repetem, mas nenhum é igual ao outro, e mesmo por detrás das nuvens cinzentas, seu brilho estará lá a cada anoitecer...

“E ESSE TAL DE ESTATUTO DO MENOR ???”

Romântica, sensível e sonhadora ...

Sim, este é apenas um dos meus lados que tem andado indignado, e hoje, não conseguiu inspiração para devanear e transformar seus caracteres em poesia ...

Imagem: Internet
Filme: O Garoto (Chaplin)

Ao acompanhar os telejornais desde criança, o que sempre me marcou e chamou a atenção foi o discurso de que um jornal sério e responsável cuidava de trazer a noticia tal qual ela havia acontecido, com seriedade, imparcialidade e sem tendenciosidades.

Não bastasse os telejornais sensacionalistas falarem sobre o Estatuto do Menor, agora os telejornais do horário chamado "nobre" tem âncoras que colocam em dúvida a teoria da seriedade e imparcialidade. O que me surpreende é que para darmos opiniões sobre determinados assuntos temos que nos apropriarmos deste, para que a crítica tenha fundamento. A fala de uma jornalista em um desses jornais citou o Estatuto do Menor como responsável por incentivar a prática de atos infracionais cometidos por adolescentes, como roubos e tráfico de drogas, e criticou ainda as medidas sócio educativas.

Com o intuito de contribuir com esse telejornal e aos demais sensacionalistas de plantão, gostaria de deixar alguns comentários que ajudarão a esclarecer aos "pouco informados", sobre a situação do dito "Estatuto do Menor"

• Primeiramente cabe esclarecer que NÃO existe o dito Estatuto do Menor e nem nunca existiu. O que existe é fruto do trabalho, do engajamento, da luta e do esforço de pessoas da rede pública, sociedade civil, cidadãos comuns, judiciário e profissionais de vários setores que se engajaram a mudar a lei do menorismo que tratava a criança pobre e na grande maioria, negra, como marginais, e aplicava penas severas como se os mesmos fossem bandidos, além de mantê-los excluídos socialmente.
• O instrumento criado por essas pessoas num esforço e trabalho minucioso de criar uma lei que protegesse crianças e adolescentes que eram vítimas de violência física, psicológica e sexual, e eram explorados no trabalho infantil e para a prostituição, denominou-se de Estatuto da Criança e do Adolescente - E.C.A. que em nada se assemelha a esse Estatuto do Menor que a imprensa teima em colocar em circulação.
• Não existe em NENHUM dos artigos do E.C.A. citações que digam que o adolescente pode praticar qualquer ato de violência ou falta de conduta sem ser responsabilizado.
• Não existe em NENHUM dos artigos do E.C.A. citação que diga que os pais não podem educar seus filhos.
• Não existe em NENHUM dos artigos do E.C.A. citação que diga que o adolescente pode fazer o que quiser, a revelia, sem ter obrigações, e que os pais serão os únicos responsáveis pelas suas ações.
• As medidas sócio-educativas como o próprio nome já diz, visam a reintegração e a preparação do jovem autor de ato-infracional, à sociedade. O que falta são programas de governos capazes de atender a demanda desses jovens e de oferecer atividades e serviços que realmente contribuam para a sua reinserção cidadã na sociedade, preparando-o educacional, profissional e socialmente. É muito mais fácil se trabalhar a ideia de que um conjunto de Leis tem feito "marginais " em nossa sociedade, do que cobrar quem de fato deveria ter ações para um trabalho real que corresponda àquilo que a própria Lei determina: atendimento prioritário nas áreas de educação, saúde e social para a formação desses jovens.

Encontrar um bode expiatório para o caos que anda o serviço público no país, não irá resolver o problema. Maquiar a criminalidade com a situação dos adolescentes do país, é um recurso para distrair questões óbvias que na rotina diária, se perde da população, tais como:

* Se todos sabem onde ficam os pontos de drogas, porque a justiça não os desmonta?

* Como incluir na escola esses jovens que cumprem medida se não há vagas para matriculá-los?

* O que aconteceu com a campanha do desarmamento se agora temos a população muito mais armada e o acesso a essas armas muito mais facilitados? Digo isso levando em conta a quantidade de armas que são apreendidas com esses "adolescentes marginas" que nos faz pensar a facilidade e a quantidade de armas que circulam por aí?

* Como tratar do caso da drogadição desses jovens que muitas vezes cometem delito para manter o vício se o país não tem serviço suficiente para atender a demanda de jovens e adultos com dependência química. Uma observação sobre isso: a Lei da internação compulsória funciona mas esqueceu  do pequeno detalhe de que não basta determinar que se interne, tem que ter o local e quem pague a conta, o que é um serviço caro e que na grande maioria, a população que se encontra nessa situação também está vulnerável socialmente e não tem condições de arcar com as despesas para a internação.

* Se temos presídios no excesso de sua capacidade, que não comportam os presos que temos hoje, e que como paliativo tem-se buscado brechas na Lei para redução de suas penas, qual a solução para os adolescentes, caso seja reduzida a maioridade penal? Além de não auxiliar o desenvolvimento desse adolescente, eles serão colocados onde?

* E por fim, porque a imprensa na sua seriedade e  transparência não começa a cobrar a quem de direito que tome medidas que atenda a sociedade de forma à tirá-la da marginalização em que vive e contribua para a formação mais saudável, mais justa e de igualdade para as crianças que estão aí, à deriva, presas fáceis e seduzíveis pelo tráfico, e que não muito longe, serão os adolescentes autores dos atos infracionais que hoje tanto nos indigna?

Até quando vamos continuar tentando enxugar gelo enquanto a imprensa sensacionalista cria a ideia de novas Leis e novos Estatutos que não explicam, não informam e deformam a própria sociedade?

A culpa muitas vezes é atribuída ao Conselho Tutelar que também, em NENHUM lugar do E.C.A. consta que dentre suas atribuições uma delas seja a de proteger ou incentivar práticas ilícitas pelos adolescentes. Mas isto é assunto para um próximo artigo.

E com tudo isso ainda estou tentando entender, o que é esse ESTATUTO DO MENOR???

Bjs queridos, e quem puder que me ajude a descobrir...

- Anna Feitoza -